quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A Procura da Felicidade


         Um homem não conseguia encontrar a felicidade em lugar nenhum.

         Um dia ele resolveu sair pelo mundo à procura da felicidade.

         Fechou a porta da sua casa e partiu com a disposição de percorrer todos os caminhos da terra até encontrar o lugar de ser feliz.

         Aonde chegava reunia um grupo a quem explicava os planos que tinha para ser feliz.

         Afirmava que seus seguidores seriam felizes na posse de regiões gigantescas, onde haveria montes de ouro.

         Mas o povo lamentava e ninguém o seguia. No dia seguinte novamente partia.

         Assim, foi percorrendo cidades e cidades, de país em país, anos a fio.

         Mas um dia percebeu que estava ficando velho sem ter encontrado a felicidade.

         Seus cabelos tingiam-se de branco, suas mãos estavam enrugadas, suas roupas esfarrapadas, os calçados aos pedaços.

         Além disso, estava cansado de procurar a felicidade, tão inutilmente.

         Enfim, depois de muito andar, parou em frente à uma casa antiga. As janelas de vidro estavam quebradas, o mato cobria o canteiro do jardim, a poeira invadia quartos e salas.

         Ele olhou e pensou que ali, naquela casa desprezada e sem dono, ele construiria a sua felicidade: arrumaria o telhado, colocaria vidro nas janelas, pintaria as paredes, cuidaria do jardim.
- Vou ser feliz aqui. Disse ele.

         E o homem cansado foi andando até chegar a porta. Quando entrou, ficou imóvel, perplexo! Aquela era a sua própria casa, que ele abandonara tantos anos à procura da felicidade.

         Então ele compreendeu que de nada tinha adiantado dar a volta ao mundo, pois a felicidade estava dentro da própria casa, dentro dele...
e ele não tinha percebido.
                                                                                                         
 (Autor desconhecido)


Tenham todos um dia maravilhoso!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Fogão a Lenha

Estou sonhando com a minha cozinha caipira com fogão a lenha, o espaço já está pronto, so falta o fogão a  e decoração, quero um modelo assim com forno, esses eu pesquisei na net, estou analisando as possibilidades.




sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Trecho do Filme - A Festa de Babete

Quem aprecia uma boa gastronomia  não pode deixar de ver esse filme, é uma verdadeira obra prima!

Filme - Sob o Sol da Toscana

Gosto muito da casa nova da Frances, bem como a reforma, acho que nasci pra ser arquiteta pois amo estar em meio a tijolos e cimento...rsrs
Esse filme é maravilhoso, fala sobre recomeços, o cenário é incrivelmente lindo, perfeito, vale a pena assistir.



Sinopse: A escritora Frances Mayes (Diane Lane) leva um susto quando sua melhor amiga a aconselha a sair de São Francisco e lhe presenteia com uma viagem de 10 dias para a Toscana. Ao chegar, ela impulsivamente compra uma vila quase em ruínas, e acaba vivendo uma aventura repleta de surpresas, amizades e romances que mudarão sua vida para sempre.

Cozinha - Rubem Alves


Cozinha da Casa de Rubem Alves




Qual é o lugar mais importante da sua casa? Eu acho que essa é uma boa pergunta para início de uma sessão de psicanálise. Porque quando a gente revela qual é o lugar mais importante da casa, a gente revela também o lugar preferido da alma. Nas Minas Gerais onde nasci o lugar mais importante era a cozinha. Não era o mais chique e nem o mais arrumado. Lugar chique e arrumado era a sala de visitas, com bibelôs, retratos ovais nas paredes, espelhos e tapetes no chão. Na sala de visitas as crianças se comportavam bem, era só sorrisos e todos usavam máscaras. Na cozinha era diferente: a gente era a gente mesmo, fogo, fome e alegria.

"Seria tão bom, como já foi...", diz a Adélia. A alma mineira vive de saudade. Tenho saudade do que já foi, as velhas cozinhas de Minas, com seus fogões de lenha, cascas de laranja secas, penduradas, para acender o fogo, bule de café sobre a chapa, lenha crepitando no fogo, o cheiro bom da fumaça, rostos vermelhos. Minha alma tem saudades dessas cozinhas antigas...

Fogo de fogão de lenha é diferente de todos os demais fogos. Veja o fogo de uma vela acesa sobre uma mesa. É fogo fácil. Basta encostar um fósforo aceso no pavio da vela para que ela se acenda. Não é preciso nem arte nem ciência. Até uma criança sabe. Só precisa um cuidado: deixar fechadas as janelas para que um vento súbito não apague a chama. O fogo do fogão é outra coisa. Bachelard notou a diferença: "A vela queima só. Não precisa de auxílio. A chama solitária tem uma personalidade onírica diferente da do fogo na lareira. O homem, diante de um fogo prolixo pode ajudar a lenha a queimar, coloca uma acha suplementar no tempo devido. O homem que sabe se aquecer mantém uma atitude de Prometeu. Daí seu orgulho de atiçador perfeito..." Fogo de lareira é igual ao fogo do fogão de lenha. Antigamente não havia lareiras em nossas casas. O que havia era o fogo do fogão de lenha que era, a um tempo, fogo de lareira e fogo de cozinhar.

As pessoas da cidade, que só conhecem a chama dos fogões a gás, ignoram a arte que está por detrás de um fogão de lenha aceso. Se os paus grossos, os paus finos e os gravetos não forem colocados de forma certa, o fogo não pega. Isso exige ciência. E depois de aceso o fogo é preciso estar atento. É preciso colocar a acha suplementar, do tamanho certo, no lugar certo. Quem acende o fogo do fogão de lenha tem de ser também um atiçador.

O fogão de lenha nos faz voltar "às residências de outrora, as residências abandonadas mas que são, em nossos devaneios, fielmente habitadas" (Bachelard). Exupèry, no tempo em que os pilotos só podiam se orientar pelos fogos dos céus e os fogos da terra, conta de sua emoção solitária no céu escuro, ao vislumbrar, no meio da escuridão da terra, pequenas luzes: em algum lugar o fogo estava aceso e pessoas se aqueciam ao seu redor.

Já se disse que o homem surgiu quando a primeira canção foi cantada. Mas eu imagino que a primeira canção foi cantada ao redor do fogo, todos juntos se aquecendo do frio e se protegendo contra as feras. Antes da canção, o fogo. Um fogo aceso é um sacramento de comunhão solitária. Solitária porque a chama que crepita no fogão desperta sonhos que são só nossos. Mas os sonhos solitários se tornam comunhão quando se aquece e come.

Nas casas de Minas a cozinha ficava no fim da casa. Ficava no fim não por ser menos importante mas para ser protegida da presença de intrusos. Cozinha era intimidade. E também para ficar mais próxima do outro lugar de sonhos, a horta-jardim. Pois os jardins ficavam atrás. Lá estavam os manacás, o jasmim do imperador, as jabuticabeiras, laranjeiras e hortaliças. Era fácil sair da cozinha para colher xuxús, quiabo, abobrinhas, salsa, cebolinha, tomatinhos vermelhos, hortelã e, nas noites frias, folhas de laranjeira para fazer chá.

Ah! Como a arquitetura seria diferente se os arquitetos conhecessem também os mistérios da alma! Se Niemeyer tivesse feito terapia, Brasília seria outra. Brasília é arquitetura de arquitetos sem alma. Se eu fosse arquiteto minhas casas seriam planejadas em torno da cozinha. Das coisas boas que encontrei nos Estados Unidos nos tempos em que lá vivi estava o jeito de fazer as casas: a sala de estar, a sala de jantar, os livros, a escrivaninha, o aparelho de som, o jardim, todos integrados num enorme espaço integrado na cozinha. Todos podiam participar do ritual de cozinhar, enquanto ouviam música e conversavam. O ato de cozinhar, assim, era parte da convivência de família e amigos, e não apenas o ato de comer. Eu acho que nosso costume de fazer cozinhas isoladas do resto da casa é uma reminiscência dos tempos em que elas eram lugar de cozinheiras negras escravas, enquanto as sinhás e sinhazinhas se dedicavam, em lugares mais limpos, a atividades próprias de dondocas como o ponto de cruz, o frivolité, o crivo, a pintura e a música. Se alguém me dissesse, arquiteto, que o seu desejo era uma cozinha funcional e prática, eu imediatamente compreenderia que nossos sonhos não combinavam, delicadamente me despediria e lhes passaria o cartão de visitas de um arquiteto sem memórias de cozinhas de Minas.

As cozinhas de fogão de lenha não resistiram ao fascínio do progresso. As donas de casa, em Minas, por medo de serem consideradas pobres, dotaram suas casas de modernas cozinhas funcionais, onde o limpíssimo e apagado fogão à gás tomou o lugar do velho fogão de lenha. As cozinhas, agora, são extensões da sala de visitas. Mas isto é só para enganar. A alma delas continua a morar nas cozinhas velhas, agora transferidas para o quintal, onde a vida é como sempre foi. Lá é tão bom, porque é como já foi.

Eu gostaria de ser muitas coisas que não tive tempo e competência para ser. A vida é curta e as artes são muitas. Gostaria de ser pianista, jardineiro, artista de ferro e vidro - talvez monge. E gostaria de ter sido um cozinheiro. Babette. Tita. Meu pai adorava cozinhar. Eu me lembro dele preparando os peixes, cuidadosamente puxando a linha que percorre o corpo dos papa-terras, curimbas, para que não ficassem com gosto de terra. E me lembro do seu rosto iluminado ao trazer para a mesa o peixe assado no forno.

Faz tempo, num espaço meu, eu gostava de reunir casais amigos uma vez por mês para cozinhar. Não os convidava para jantar. Convidava para cozinhar. A festa começava cedo, lá pelas seis da tarde. E todos se punham a trabalhar, descascando cebola, cortando tomates, preparando as carnes. Dizia Guimarães Rosa: "a coisa não está nem na partida e nem na chegada, mas na travessia." Comer é a chegada. Passa rápido. Mas a travessia é longa. Era na travessia que estava o nosso maior prazer. A gente ia cozinhando, bebericando, beliscando petiscos, rindo, conversando. Ao final, lá pelas onze, a gente comia. Naqueles tempos o que já tinha sido voltava a ser. A gente era feliz.

Sinto-me feliz cozinhando. Não sou cozinheiro. Preparo pratos simples. Gosto de inventar. O que mais gosto de fazer são as sopas. Vaca atolada, sopa de fubá, sopa de abóbora com maracujá, sopa de beringela, sopa da mandioquinha com manga, sopa de coentro... Você já ouviu falar em sopa de coentro? É sopa de portugueses pobres, deliciosa, com muito azeite e pão torrado. A sopa desce quente e, chegando no estômago, confirma...A culinária leva a gente bem próximo das feiticeiras. Como a Babette (A festa de Babette) e a Tita (Como água para chocolate)... (Correio Popular, Caderno C, 19/03/2000.)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Reforma - Apóstolo Miguel Angelo

Rabo de Pavão

Aqui chamamos de rabo de pavão, mas não sei seu nome ao certo.


Hibisco

Esse hibisco foi presente da minha amiga querida Dilma Célia, já veio assim grande, a folhagem é linda!

Sons da Natureza - Pássaros

É super relaxante  o canto dos passaros, já colocamos um comedouro com alpiste no jardim pra ver se eles vem, mas já se passaram uns dois meses e a comidinha continua lá intacta, também colocamos agua, mas nada, não sei o que fazer para atrai-los, o unico que nos dá o ar de sua graça é o beija flor.

Acho que vamos ter que esperar as plantas crescerem pra ver se eles vem naturalmente.

Mas enquanto isso...segue um video que peguei no youtube com cantos lindos.

Carreteis

Meu esposo aos poucos tem  aderido a nossa "  arte com material reciclado " e trouxe pra casa 04 carreteis desses de fios, esse maior tem aproximadamente 1,5 m de diametro, estamos querendo fazer uma linda mesa pra cozinha e aproveitar os outros pra espalhar mesas no quintal embaixo das arvores...amei!

Quero pintar e fazer uns mosaicos de pastilhas, o que acham??

Aberta a sugestões!!




Gira-Gira-Girasol

 O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor abençoa com paz ao seu povo - Salmos 29:11


Essa é uma éspecie diferente de girasol



Primavera

Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças (Filipenses, 4:6).